Quase uma tonelada de drogas apreendidas no ano passado foram insineradas no Pará


Após autorização judicial, a  Polícia Civil incinerou, quase uma tonelada de drogas apreendidas em operações realizadas pelas no ano passado, em Belém e interior do Estado.
Todo entorpecente foi destruido em uma indústria de cerâmica, em Marituba, Região Metropolitana de Belém.


De acordo com o Delegado Hennison Jacob, Diretor da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), que coordenou os políciais, a maior parte das drogas são maconha em diversos formatos. Em porções menores, foram incineradas petecas de cocaína, pasta base, pedras de óxi e drogas sintéticas.
Somente no ano passado, detalha o delegado, cerca de duas toneladas de drogas foram apreendidas em todo Estado. A Denarc foi responsável por cerca de uma tonelada de entorpecentes apreendidos em 2016.
Parte da maconha apreendida resultou da operação Tapera, realizada na divisa do Pará e do Maranhão, na região do Alto Rio Guamá, nos períodos de 22 a 27 de novembro, e de 12 a 14 de dezembro. Nas duas etapas, foram localizadas 55 roças de maconha com um total de 232,5 mil pés de maconha destruídos. Foram apreendidos mais de 114,7 mil mudas da erva, mais de 91 quilos de maconha seca; 35 quilos de sementes e 12 quilos de maconha em formato de tablete pronta para venda.
Houve ainda incineração de drogas apreendidas durante operação policial em que mais de 460 quilos de maconha foram encontrados dentro de um caminhão, na rodovia BR-316, em Santa Isabel do Pará, nordeste paraense. Essa foi a maior apreensão de drogas do ano passado. Outra parte dos entorpecentes incinerados resultou da operação da Denarc que desarticulou um esquema de plantio de maconha dentro de apartamentos de alto padrão no centro de Belém. O sistema sofisticado, conhecido como plantação in-door (em local fechado) contava com estufas de lâmpadas para simular a luz solar, aparelhos de ar-condicionado e uso de produtos agrícolas. Duas pessoas responsáveis pelo plantio da erva foram presas em flagrante por tráfico de drogas durante operação da Divisão Estadual de Narcóticos.
Ainda, durante a operação, foram apreendidas drogas sintéticas (comprimidos de ecstasy e cartelas de LSD) nos imóveis. As ervas e drogas sintéticas eram fornecidas para eventos festivos, como "raves" (festas com música eletrônica). A incineração foi acompanhada pelo promotor de Justiça, Aldir Jorge Viana da Silva, da Promotoria de Justiça de Entorpecentes de Belém, unidade do Ministério Público do Estado. Ele explica que sua presença visa verificar o procedimento realizado para incineração e se os procedimentos estão de acordo com a legislação. A incineração também contou com a presença do engenheiro químico Ruy Neri, da Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde Pública, que verificou a forma de pesagem da droga e as providências para queima da droga.

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