A Polícia Civil deflagrou, a primeira fase da operação Companheiro, na manhã desta quinta-feira (25), na empresa Campasa. O objetivo é combater a corrupção na administração pública no município de Curuçá nordeste paraense.
A operação foi coordenada por policiais civis da Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas (DRDP), unidade policial vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
Eles apreenderam mais de 60 caixas com documentos subtraídos da Prefeitura. Todo o material foi transportado para Belém, para a sede da DRCO.
De acordo com o delegado Carlos Eduardo Vieira, diretor da DRDP, os policiais foram até a empresa para cumprimento a medidas cautelares determinadas pela Justiça da Comarca de Curuçá, dentre as quais, mandados de busca e apreensão e conducões.
Na empresa Campasa, foram encontrados diversos documentos que haviam sido subtraídos da Prefeitura no mandato de 2008 a 2012 do então prefeito Fernando Cruz. Até o final da manhã, foram apreendidas 66 caixas com documentos, que são objetos de alguns crimes e elementos de prova de outros.
O desvio de documentos públicos nas caixas estavam nas duas empresas de beneficiamento de pescados. Que recebia da prefeitura e repassava valores a algumas pessoas investigadas.
A investigação se deu, após o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) em que várias transferências bancárias suspeitas foram relatadas a pessoas ligadas a gestões anteriores.
O crime
As transações financeiras entre contas da Prefeitura e de algumas empresas que supostamente prestavam serviços ao município eram repassados aos beneficiários.
A equipe da DRDP ouviu algumas pessoas no momento das buscas no inquérito para prestar esclarecimento e outras pessoas foram intimadas a comparecer à DRDP para serem ouvidas.
De acordo com o COAF a movimentação suspeita de recursos públicos foi relatada em uma empresa de beneficiamento de pescados Campasa e a outra usava a Associação Agropesqueira do município de Curuçá.
Toda documentação apreendida será analisada, além de pessoas ouvidas. Para a partir daí o MP tomar a decisão de prender os responsáveis.
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