O advogado Cristiano Ribeiro Rolim, de 38 anos, foi detido na madrugada de sábado, 24, após abordagem policial, ao entrar em alta velocidade na contramão, na Rua 11, Bairro Cidade Nova, em Parauapebas.
Cristiano foi liberado após pagar fiança de três salário mínimos, para responder em liberdade ao processo por desacato a autoridade, alcoolemia e posse de droga.
Segundo os policiais militares, foi encontrado uma porção de drogas no carro do advogado que admitiu que comprou para seu uso.
De acordo com o cabo Rabelo da Polícia Militar, no momento da abordagem o advogado estava vestido de saia e na companhia de um adolescente e ficou alterado, ao ser informado que seria conduzido para procedimentos na Delegacia.
Após muita confusão Cristiano Ribeiro, conseguiu correr para dentro de sua casa, que ficava próximo ao local e trocou de roupa. Quando saiu, se identificou como advogado, e aceitou ser conduzido à delegacia para esclarecimento e procedimentos.
Segundo os militares a abordagem é uma rotina, e o homem após se identificar como advogado, mostrou o documento como quisesse intimidar a guarnição. Na delegacia, Cristiano admitiu a posse da droga e confirmou que se se alterou com os policiais, inclusive, se mostrou arrependido e afirmou que queria pedir desculpas aos militares. Ele contou também que comprou em uma ‘boca de fumo’ o entorpecente por ser usuário de droga. “Eu uso, de vez enquanto, comprou porque estava muito afim de usar”, conta o advogado.
Em depoimento, Cristiano detalhou que é de Belém e está há um mês no município, que ao sair da "Boca de fumo", acabou entrando em uma rua na contramão com o veículo, o que chamou a atenção dos policiais para abordagem. Não quis comentar sobre o adolescente que o acompanhava, ele argumentou que é um detalhe da vida pessoal.
O advogado pagou a fiança estipulada em três salários, pediu desculpas a guarnição e fez pose em fotos com os policiais.
Segundo os policiais, Cristiano Rolim fez pose para fotos. Ao chegar à Delegacia tirou fotos e ainda pediu algumas para postar no seu perfil no Facebook. O advogado foi conduzido até a sala de audiências da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parauapebas para a realização da Audiência de Custódia, que foi presidida pela juíza plantonista Eline Salgado Vieira. Na audiência estavam presentes, além de Cristiano e seu advogado de defesa, um representante do Ministério Público do Pará.
De acordo com a magistrada, foi preservado os direitos constitucionais assegurados ao investigado. O qual admitiu ser dependente de vários tipos de entorpecentes. A juíza homologou o auto de prisão em flagrante, mas decretou a liberdade provisória de Cristiano Ribeiro, arbitrando fiança em 03 salários mínimos, totalizando R$ 2.862,00, também impôs as seguintes condições como acordo:
a) comparecer bimestralmente em Juízo para justificar suas atividades e demonstrar residência fixa na Comarca;
b) Manter distância/Não se relacionar com adolescentes, homens ou mulheres;
c) Proibição de frequentar bares ou lugares congêneres;
d) Não manter contato com as testemunhas de nenhuma forma, principalmente do adolescente LCP, seja por SMS, contato telefônico, Whatsapp;
e) recolher-se em seu domicílio das 23h00 às 06h00, exceto se estiver em exercício laboral;
f) não se ausentar da Comarca sem prévia autorização do juízo, sob pena de revogação da medida, com base nos arts. 282, I e II e 319, II do CPP, com nova redação da Lei nº 12.403/11;
g) realização de tratamento no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS – de Parauapebas por um período mínimo de 12 (doze) meses;
As condições para a liberdade provisória de Cristiano terão prazo máximo de 18 (dezoito meses).
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