Semec alega falta de verba e tira transporte escolar das crianças ribeirinhas da região das Ilhas em Belém




A Coordenadora da Secretaria de Educação do Município - Semec, informou em reunião a suspensão do transporte escolar fluvial dos estudantes ribeirinhos da Ilha Grande, para este semestre, alegando falta de verba da Prefeitura de Belém e coloca em risco crianças que utilizam pequenas rabetas sem colete, prejudicando o ano letivo de 2018.

Segundo os pais das 19 crianças que utilizam a embarcação escolar municipal, a reunião feita no mês de junho, o motivo seria falta de verba da prefeitura, que as crianças teriam que procurar outras escolas na região das ilhas, informação que causou decepção e preocupação dos pais dos estudantes de Piriquitaquara, Cacoal, Ilha Grande, Combu e parte de São Sebastião no Acará, na região das Ilhas do município de Belém.

Os pais procuraram o conselho tutelar e o Ministério Público, para responsabilizar o Prefeito de Belém, da obrigação escolar. Segundo eles o barco Sete Irmãos, que é utilizado no transporte das crianças há vários anos, é regularizado na Marinha e os tripulantes tratam muito bem todas as crianças, com coletes e apoio de subida e descida do barco, além do respeito por elas.

Para início das aulas os pais passaram a alugar uma pequena rabeta rabeta, com quatro lugares. Outros para levar os filhos pegam carona nos barcos que passam nas margens do rio. A embarcação é pequena e quando usa coletes nas crianças é emprestado como mostra o vídeo das crianças pegando a rabeta para ir a escola, correndo risco de alagar e risco afundar devido a maré, antes de chegar na Ilha grande Escola anexo UP São José, na Ilha Grande - região ribeirinha de Belém.

Segundo uma das mães, que falou com o Blogger Marambaia Notícias pediu para não revelar o nome, e informou os riscos da pequena rabeta é grande, além da maré alta quando chove, uma onda de uma embarcação maior quando passa ao lado pode virar o barco com as crianças dentro, bem antes de chegar na escola devido a distância do local. Também o custo diário de pagamento do aluguel não tem condições, pois é cobrado o valor de R$50,00 por dia de ida e volta de apenas quatro alunos. 

Veja as imagens das crianças entrando na rabeta....




Dona Maria é a avó da pequena Dayana de oito anos, ela mandou um vídeo para o Blogger fazendo um apelo emocionado pela volta da embarcação escolar. A falta de recursos da idosa de 78 anos que cuida da neta e acompanha a criança no transporte mostra a necessidade dela e a falta de coerência da retirada do barco pela Semec. A menina Dayana pede o barco de volta e conta o desejo de estudar.


Veja o vídeo muito emocionado da avó e a neta.





De acordo com as mães, uma ação no Ministério Público já foi feito e segundo elas o MP informou que já foi feita a primeira solicitação e após dez dias não houve resposta da prefeitura de Belém, que será feita uma nova solicitação.

O Blogger entrou em contato com o Conselheiro tutelar da Cremação em Belém, que informou que recebeu algumas mães e enviou um documento solicitando a verificação da situação, que pode prejudicar as crianças na falta as aulas e o pedido de volta da embarcação.

Também solicitou nota da Prefeitura de Belém, sobre a situação e ainda espera a resposta.



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