Polícia Civil investiga morte do Presidente do Sintraff no Distrito de Castelo dos Sonhos no sudoeste do Pará

O Líder do Sintraff foi morto a tiros dentro de sua residência, na tarde desta quinta-feira (11), no Distrito de Castelo de sonhos, no município de Altamira sudoeste paraense.
De acordo com a esposa do Líder sindical, Aluisio Sampaio (Alenquer), ela encontrou duas pessoas desconhecidas saindo casa quando chegava com os filhos da escola e encontrou o marido morto com tiros na cabeça dentro da residência.
Segundo a Polícia Militar de Vila Isol, um dos suspeitos que participou da morte do sindicalista foi preso após tentar fugir com o parceiro em direção a Novo Progresso, o outro conseguiu fugiu no mato.
Aluísio Sampaio era líder do Sintraff no Distrito de Castelo de Sonhos. O suspeito preso foi levado para Delegacia, para procedimentos.

NOTA DE SOLIDARIEDADE
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) - Pará, vem através desta prestar solidariedade a família de Aluísio Sampaio, presidente do Sintraf que foi assassinado dentro do sindicato, na quinta-feira (11), no Distrito de Castelo dos Sonhos, região de Altamira, Sudoeste do estado do Pará. O sindicalista vinha sofrendo ameaças, chegando até gravar um vídeo denunciando os ameaçadores. Até o momento um suspeito foi preso logo após crime.
Aluísio é ligado à luta posseira e não possui nenhum vínculo com o Movimento Sem Terra, tampouco o movimento está organizado na região de Altamira. Nós do MST repudiamos mais este assassinato de um trabalhador que lutava por um pedaço de chão e brutalmente tem sua vida ceifada pela ganância do agronegócio.
Desde o golpe em 2016, o estado do Pará vem sofrendo com a intensificação da violência no campo, com despejos, ameaças, atentados e assassinatos de trabalhadores rurais, como o Massacre de Pau D’arco.
Jair Bolsonaro (PSL), candidato a Presidência da República, esteve presente no estado, na região de Eldorado do Carajás e, diante do monumento que faz memória ao Massacre de 19 Sem Terra em 1996, elogiou a ação da polícia e do Estado, afirmando ainda que estes deveriam ser homenageados, legitimando a ação de violência que deixou mortos e feridos. O candidato se mostra com discursos de ódio, legitimando a ação do latifúndio no país que só gera mais violências e mortes no campo.
Diante da execução de Aluísio, esperamos que as autoridades tomem as providências necessárias para julgar tamanha brutalidade cometida por um estado de violência que representa a banalização da vida em nossa sociedade.
“Se calarmos, as pedras GRITARÃO!”
Coordenação Estadual do MST - Pará
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