A rebelião terminou por volta das 16h no Centro de Recuperação Agrícola "Mariano Antunes" (Crama), em Marabá. Foram nove horas de tensão e de negociação até se renderem.
De acordo com informações de policiais, tudo começou começou às 7h30, quando bandidos de fora da cadeia tentaram liberar presidiários considerados perigosos, mas foram contidos pela PM e correram para mata adentro sob fogo cerrado. Três agentes prisionais que foram feitos reféns acabaram libertados sem ferimentos, após negociação entre o juiz da Vara de Execuções Penais do Fórum local e os rebelados.
Eles reivindicavam o retorno das visitas íntimas, suspensas já há algum tempo, e melhorias na alimentação. Eles alegam que só tomam café e almoçam, não jantam. O motim teria começado a partir de um ataque de dentro para fora da cadeia, três bandidos armados tentaram resgatar presidiários. Um grupo de detentos portando quatro armas de fogo fez os três agentes prisionais de reféns e tentou fugir. Porém, a PM cercou todo o presídio e não permitiu que uma fuga em massa acontecesse.
A Companhia Independente do Comando de Missões Especiais passou a administrar as negociações, das quais participou ainda um defensor público. Dois homens da rebelião denunciam o que dizem estar sofrendo, declaram a rendição, mas afirmam estar com medo de irem para o solário, como orientava a PM, temendo serem mortos.
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