Manifestantes cobram do Governo atraso salarial em apoio aos profissionais da saúde na frente do Hangar


A manifestação aconteceu em frente ao Hangar, na tarde deste sábado (27), por familiares em apoio aos profissionais da saúde que estão há 03 meses sem receber.

De acordo com os membros envolvidos, os trabalhadores estão nesse período trabalhando pelo amor da profissão e esperam do governo do estado, o devido respeito e pagamento.

Infelizmente, até agora não houve uma posição sobre a situação e solução, para o problema. Pedimos nota do governo do estado, que até agora não mandou resposta.



 Segue as imagens da ação dos manifestantes.



O caso

ASSEMBLEIA GERAL

Médicos do Abelardo Santos e Hangar denunciam atraso de dois meses no pagamento e ameaçam paralisação.

Crédito: Agência Pará

Médicos que trabalham na linha de frente da covid-19 no Hospital Regional Dr. Abelardo Santos e no Hospital de Campanha do Hangar alegam que estão sem receber desde o mês de abril. Por causa do atraso, eles irão realizar uma assembleia geral virtual nesta quinta-feira, 24, às 19h, para decidir se irão paralisar as atividades, que ocorrerá caso os pagamentos não sejam regularizados.
Cerca de 34 médicos que deram plantões nas unidades estão sem o pagamento. As denúncias chegaram ao Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), que acionou Ministério Público para buscar uma solução.
Segundo o Sindmepa, com a gestão terceirizada pelo governo do Pará para a Associação da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu, o Hospital de Campanha do Hangar exibe uma situação que vem se tornando muito comum no Estado, a quarteirização, quando uma empresa terceirizada subcontrata uma outra empresa para contratar médicos para atuar nos hospitais. No caso do Hangar, a Irmandade quarteirizou a contratação para a empresa Medplantões, já conhecida no meio, de acordo com o sindicato, como uma empresa acostumada a não pagar médicos que contrata.
Uma profisisonal contratada pela empresa conta que ao aderir aos plantões no Hangar acreditava que os pagamentos seria responsabilidade da própria Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). “Quando entramos, no início, não nos falavam qual era a empresa que estava contratando. Acho que a maioria entendeu que era a própria Sespa. O máximo de informação que recebi no início foi que havia uma empresa, mas que ela apenas estaria lá para repasse, pois o governo estava resolvendo tudo”, explica a médica.
A Medplantões disse para os profissionais que os pagamentos seriam todo dia 10 do mês subsequente ao que o plantão foi tirado, entretanto, no dia 10 de maio não pagaram os plantões de abril. E em junho, não pagaram os de maio. Além disso, os médicos também reclamam da falta de material, medicações e outros.
“É inadmissível que chamem médicos para arriscar a vida em plena pandemia, não ofereçam condições de trabalho e ainda não paguem o que lhes é devido. Um desrespeito, para não dizer coisa pior”, afirma o diretor do Sindmepa, Waldir Cardoso. 
De acordo com Waldir Cardoso, a falta de pagamento não pode ficar impune. "Que o Estado cumpra com sua obrigação e pague os médicos", diz.
O Portal Roma News entrou em contato com a Sespa e aguarda respostas.
Confira o vídeo de Waldir Cardoso falando sobre o caso:

Com informações do Sindmepa


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